sábado, 23 de abril de 2016

Afinal, seres vivos

ou não?

Os vírus são formados basicamente por uma cápsula protéica

envolvendo seu material genético, que dependendo do tipo de

vírus pode ser o DNA, RNA ou os dois juntos.

Eles não possuem atividades metabólicas quando fora de uma

célula hospedeira.Não podem captar nutrientes, utilizar

energia, ou fazer qualquer tipo de atividade metabólica, mas

são capazes de reproduzir-se e estão presentes em todos os

reinos do mundo natural.Por motivos como estes,se tornam

tema de um grande debate na comunidade científica os vírus

serem vivos ou não.

O vírus é um dos principais responsáveis por doenças

vegetais, podendo ser transmitido de diversas formas.E nas

doenças animais assim como nas vegetais, a maioria é

causada por eles.

Apesar de terem algumas características que são atribuídas a

seres vivos, eles não possuem algo essencial que caracteriza

a vida, no caso, o metabolismo.
IMPORTÂNCIA DOS VÍRUS

Apesar da maioria dos vírus ser prejudicial, alguns podem ser benéficos aos seres

humanos e até salvar vidas. Na terapia genética, vírus geneticamente modificados transportam

genes normais para dentro das células doentes, substituindo genes alterados podendo assim,

curar doenças genéticas.


Figura 1 Tipo possível de terapia gênica.

Além disso, os vírus também têm grande importância no ecológica. Esses organismos

sofrem muitas mutações e, por isso, apresentam grande variabilidade genética, o que

contribui paras uma rápida adaptação às novidades ambientais. Eles são abundantes em

alguns ambientes, nos quais influenciam no crescimento e mortalidade de muitos indivíduos.

Podem também ser utilizados no controle biológico. No Brasil, por exemplo, as

espécies de vírus Baculovírus anticarsia e Baculovírus spodoptera têm sido usadas no controle

biológico em lavouras de soja e de milho, respectivamente, matando lagartas que atingem a

folhagem das plantações de soja e as espigas jovens de milho.

Figura 1: http://msalx.revistaescola.abril.com.br/2013/02/13/1748/Nteu9/veja-terapia-

genetica.jpeg, acessado em 15.04.16, às 16:24h.

http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Seresvivos/Ciencias/biovirus.php, acessado em

15.04.16, às 16:24h.

http://icb.ufmg.info/mic/diaadia/wp-content/uploads/2012/10/V%C3%ADrus-ECI.pdf,

acessado em 15.04.16, às 16:24h.
DOENÇAS CAUSADAS POR VÍRUS

Existem centenas de vírus que se alojam no corpo humano, causando infecções. Nas

infecções virais, é comum haver o período de incubação, quando já há a infecção, mas não há

manifestação dos sintomas. Em geral, ou a célula sofre lise e é destruída devido à ruptura da

membrana, liberando novos vírions, ou ela tem seu material genético alterado e passa a se

reproduzir desordenadamente, gerando um tumor, que é o que acontece na infecção por

oncovírus, os quais são causadores de câncer.

 Devido à grande variabilidade genética que possuem, os vírus tornam-se difíceis de

matar. Isso dificulta a produção de vacinas e de medicamentos para combatê-los.

Algumas dessas doenças são:

1. A Aids, Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, é um exemplo de doença causada

por vírus. Nesse caso, um retrovírus, o HIV, infecta as células sanguíneas de defesa

do organismo, expondo-o à infecção por diversos outros invasores. Nas fases

iniciais da doença, o organismo ainda controla a multiplicação viral e a pessoa não

tem sintomas. Porém, quando o sistema de defesa é muito danificado, a aids se

manifesta por meio de infecções que se evidenciam quando a imunidade está

muito baixa. Não há vacina contra o HIV. É importante que haja prevenção, com o

uso de preservativos e o controle de produtos sanguíneos.

2. Zika Vírus também é uma doença viral, causada pelo vírus ZIKV e transmitida pelo

mosquito Aedes Egypti. Após picar alguém contaminado, o mosquito pode

transportar o ZIKV durante toda a sua vida. Sendo assim, transmite a doença a

todos que não possuem os anticorpos contra esse agente patogênico. A doença

costuma evoluir de forma benigna, com sintomas como febre, coceira e dores

musculares, que tendem a desaparecer em 3 a 7 dias. Para o tratamento é

indicado o uso de paracetamol ou dipirona para controle da febre e da dor. Assim

como na dengue, o uso de ácido acetilsalicílico (aspirina) deve ser evitado por

causa do risco aumentado de hemorragias.

3. A herpes simples é causada pelo Herpes simplex vírus (HSV), vírus transmitido pela

saliva ou pelo contato pessoal íntimo. Esses vírus podem ficar latentes na pele sem

provocar lesões devido ao bom funcionamento do sistema imunológico do

indivíduo. A manifestação da doença caracteriza-se pelo aparecimento de

pequenas lesões nos lábios, na cavidade bucal e nos genitais. Pode, ainda,

provocar febre, mal-estar e irritação. O tratamento consiste em utilizar

medicamentos e pomadas para aliviar os sintomas.
Reino Monera



O reino monera é formado por bactérias, cianobactérias e arqueobactérias (também

chamadas arqueas), todos seres muito simples, unicelulares e com célula procariótica

(sem núcleo diferenciado). Esses seres microscópios são geralmente menores do que 8

micrômetros ( 1µm = 0,001 mm).

As bactérias (do grego bakteria: 'bastão') são encontrados em todos os ecossistemas da

Terra e são de grande importância para a saúde, para o ambiente e a economia. As

bactérias são encontradas em qualquer tipo de meio: mar, água doce, solo, ar e,

inclusive, no interior de muitos seres vivos.

Exemplos da importância das bactérias:

 na decomposição de matéria orgânica morta. Esse processo é efetuado tanto

aeróbia, quanto anaerobiamente;

 agentes que provocam doença no homem;

 em processos industriais, como por exemplo, os lactobacilos, utilizados na

indústria de transformação do leite em coalhada;

 no ciclo do nitrogênio, em que atuam em diversas fases, fazendo com que o

nitrogênio atmosférico possa ser utilizado pelas plantas;

 em Engenharia Genética e Biotecnologia para a síntese de várias substâncias,

entre elas a insulina e o hormônio de crescimento.

Estrutura das Bactérias

Bactérias são microorganismos unicelulares, procariotos, podendo viver isoladamente

ou construir agrupamentos coloniais de diversos formatos. A célula bacterianas contém

os quatro componentes fundamentais a qualquer célula: membrana plasmática,

hialoplasma, ribossomos e cromatina, no caso, uma molécula de DNA circular, que

constitui o único cromossomo bacteriano.

A região ocupada pelo cromossomo bacteriano costuma ser denominada nucleóide.

Externamente à membrana plasmática existe uma parede celular (membrana esquelética,

de composição química específica de bactérias).É comum existirem plasmídios -

moléculas de DNA não ligada ao cromossomo bacteriano - espalhados pelo

hialoplasma. Plasmídios costumam conter genes para resistência a antibióticos.





Algumas espécies de bactérias possuem, externamente à membrana esquelética, outro

envoltório, mucilaginoso, chamado de cápsula. É o caso dos pneumococos (bactérias

causadoras de pneumonia). Descobriu-se que a periculosidade dessas bactérias reside na

cápsula em um experimento, ratos infectados com pneumococo sem cápsula tiveram a

doença porém não morreram, enquanto pneumococos capsulados causaram pneumonia

letal.

A parede da célula bacteriana, também conhecida como membrana esquelética, reveste

externamente a membrana plasmática, e é constituída de uma substância química

exclusiva das bactérias conhecida como mureína.
Considerando que uma única espécie pode receber diversos nomes vulgares,

a nomenclatura biológica se torna uma importante ferramenta de

comunicação entre cientistas e sociedade em geral, já que padroniza as

informações referentes a indivíduos de uma espécie. A fim de padronizar

forma de nomear espécies, Linneaus criou regras:

­Nomes devem ser escrito em latim ou latinizados.

­Devem ser formados por duas palavras, 1° para o gênero e a 2° para

espécie.

­1° letra da primeira palavra é escrita em letra maiúscula

­No texto impresso as palavras devem ser destacados com itálico.

­No texto à mão devem ser sublinhados de forma separada.

­Se o gênero for citado de forma abrangente, colocamos abreviação sp após a primeira palavra

(referente ao gênero)

A ideia da diversidade das espécies surgiu com a junção da taxonomia e da biogeografia. A

segunda é uma ciência que se ocupa da localização geográfica da ocorrência das espécies, e a

primeira, do estudo, descrição e classificação de novas espécies, a Taxonomia. Na verdade, antes

da taxonomia surgir como ciência, haviam os estudiosos que eram chamados de "naturalistas".

Dentre eles estavam, inclusive, alguns filósofos como Aristóteles e Plínio. Mas, foi só à partir do

século XVIII, quando Lineu criou um sistema de classificação de espécies que formaria a base do

sistema atual, que o estudo das espécies começou a se tornar um ramo distinto das outras ciências

trazendo a ideia da “diversidade da vida” no planeta. Ou, biodiversidade.

Entretanto, o termo biodiversidade só ganharia mais importância à partir de 1988 quando o

ecólogo de Harvard, Edward Wilson publicou um livro onde trazia o termo utilizado em uma

convenção nos EUA. A biodiversidade é o que garante o equilíbrio dos ecossistemas e, por tabela,

do mundo todo. Os danos causados à biodiversidade não afetam somente as espécies que habitam

determinado local, mas, todas as outras e o próprio ambiente uma vez que afeta a fina rede de

relações entre as espécies e entre estas e o meio em que vivem. Para tentar preservar toda a riqueza

de vida do planeta é necessário conhecer os diversos mecanismos ligados à sua preservação e,

principalmente, não interferir.

A principal ameaça à biodiversidade do planeta é justamente a ação humana através de

desmatamentos, queimadas e alterações antrópicas no clima e nos ecossistemas. Podemos citar

como exemplo, a intervenção humana nas Ilhas de Fernando de Noronha, onde foi introduzida uma

espécie de lagarto, o teju, para que se alimentasse dos roedores que infestaram a ilha por causa dos

navios que ali aportavam. Entretanto, o teju preferiu se alimentar de ovos das aves e tartarugas que

se reproduzem no local pondo em risco a biodiversidade do arquipélago e se tornando uma praga.

Mas o pior é que por causa dos desmatamentos e queimadas diversas espécies são extintas antes

mesmo de poderem ser estudadas ou de que alguma ação seja tomada para se tentar preservá­las.

A cada ano são descobertas em média cerca de 13.000 novas espécies e estima­se que existam

cerca de 1,7 milhões de espécies conhecidas no planeta. Mas, esses números são ainda muito

distantes do que pode existir na realidade, pois não existe nenhuma lista geral de espécies e mesmo

com todos os esforços, a classificação e estudo das diversas espécies do planeta é quase uma

corrida contra o tempo, antes que o homem termine por destruir o que ainda nem foi conhecido.

Evolução é o processo através no qual ocorrem as mudanças ou transformações nos seres vivos ao

longo do tempo, dando origem a espécies novas.

A evolução tem suas bases fortemente corroboradas pelo estudo comparativo dos organismos,

sejam fósseis ou atuais. Os tópicos mais importantes desse estudo serão apresentados de forma

Por homologia entende­se semelhança entre estruturas de diferentes organismos, devida

unicamente a uma mesma origem embriológica. As estruturas homólogas podem exercer ou não a

O braço do homem, a pata do cavalo, a asa do morcego e a nadadeira da baleia são estruturas

homólogas entre si, pois todas têm a mesma origem embriológica. Nesses casos, não há

similaridade funcional. Ao analisar, entretanto, a asa do morcego e a asa da ave, verifica­se que

ambas têm a mesma origem embriológica e estão, ainda associadas á mesma função. A homologia

entre estruturas de 2 organismos diferentes sugere que eles se originaram de um grupo ancestral

comum, embora não indique um grau de proximidade comum, partem várias linhas evolutivas que

originaram várias espécies diferentes, fala­se em irradiação adaptava.

Homologia: mesma origem embriológica de estruturas de diferentes organismos, sendo que essas

estruturas podem ter ou não a mesma função. As estruturas homólogas sugerem ancestralidade

Analogia: refere­se à semelhança morfológica entre estruturas, em função de adaptação à execução

da mesma função. As asas dos insetos e das aves são estruturas diferentes quanto à origem

embriológica, mas ambas estão adaptadas à execução de uma mesma função: o vôo. São, portanto,

As estruturas análogas não refletem por si só qualquer grau de parentesco. Elas fornecem indícios

da adaptação de estruturas de diferentes organismos a uma mesma variável ecológica. Quando

organismos não intimamente aparentados apresentam estruturas semelhantes exercendo a mesma

função, dizemos que eles sofreram evolução convergente.

Ao contrário da irradiação adaptativa (caracterizada pela diferenciação de organismos a partir de

um ancestral comum dando origem a vários grupos diferentes adaptados a explorar ambientes

diferentes) a evolução convergente ou convergência evolutiva é caracterizada pela adaptação de

diferentes organismos a uma condição ecológica igual, assim, as formas do corpo do golfinho, dos

peixes, especialmente tubarões, e de um réptil fóssil chamado ictiossauro são bastante semelhantes,

adaptadas à natação. Neste caso, a semelhança não é sinal de parentesco, mas resultado da

adaptação desses organismos ao ambiente aquático.

terça-feira, 12 de abril de 2016

Há diversos tipos de antibióticos, e os meios que eles possuem para neutralizar as bactérias são igualmente amplos. Por exemplo, há aqueles que atuam sobre a parede celular destruindo-a, causando a exposição da membrana celular ao meio, o que leva a morte da bactéria. Outros atuam sobre a membrana plasmática, anulando sua permeabilidade seletiva que é essencial para a vida da bactéria. Outras podem atuar sobre o DNA, sobre a transcrição (RNA) ou sobre a síntese de proteínas. Abaixo estão listados alguns antibióticos e como agem nas bactérias:

Vancomicina: atua sobre a parede celular
Gentamicina: atua sobre a síntese proteica
Amicacina: atua sobre a transcrição
Poliximina B: atua sobre a membrana plasmática
Ciprofloxacino:atua sobre o DNA
Oxacilina: atua sobre a parede celular
Mupirocina: atua sobre síntese proteica